Militares israelenses confirmam violência contra palestinos
Reportagem publicada pelo jornal israelense Yedioth Ahronoth divulgou os testemunhos do subcomandante do exército israelense Adam Melul e de um dos seus soldados na Brigada Kfir em que os dois militares afirmam que as tropas frequentemente utilizam a violência para assustar e intimidar os palestinos e que essa tática, segundo eles, "traz resultados". Eles disseram que o uso de violência nas operações que o Exército israelense realiza na Cisjordânia "não é algo fora do normal" e concordaram com a opinião de seu comandante, o coronel Itai Virub, de que o uso da força "é inevitável em alguns casos""Não é incomum que os soldados sejam treinados para ser agressivos no Exército de Israel", disse Adam Melul, acrescentando que "uma leve tapa na cara é aceitável para que um palestino entenda e fique quieto".
Já o soldado afirmou, segundo o jornal, que a violência é usada também em interrogatórios. "Como você tem apenas 10 a 15 minutos por pessoa, se você não atirar nos pés dele, ele não fala". O soldado defendeu ainda o uso de métodos como pegar um suspeito pelos ombros, sacudi-lo, agarrá-lo pela camisa, colocá-lo contra um veículo ou esbofeteá-lo, e disse que "quando três pessoas gritam com agressividade, lembrará disso, ficará traumatizado". Melul assegurou ainda que seus homens fazem todo o necessário "para ganhar", defendeu o uso de táticas violentas em interrogatórios e disse que é preciso manter a firmeza para conseguir resultados.
O chefe das Forças de Defesa divulgou comunicado no qual criticou as declarações dos militares. Segundo ele, a opinião do coronel "não corresponde ao espírito das Forças de Defesa de Israel nem com suas regras", e assegurou que "a dignidade humana é um valor central do Exército de Israel".
Não é o que demonstram os fatos, nem o que relata a história. Ainda está fresca na memória de todos o que aconteceu no último mês de janeiro. Usando todo seu poderio militar, o exército de Israel invadiu e bombardeou sem piedade a Faixa de Gaza, na Palestina. Em três semanas de covardes ataques, 1.315 pessoas foram assassinadas, entre elas 350 crianças. Esses ataques provocaram uma grave crise humanitária em Gaza. Mais de 1,5 milhão de pessoas ficaram sem comida, água e medicamentos. Relatório da ONU, divulgado após o massacre, afirma que o exército israelense cometeu diversos crimes de guerra e não hesitou em utilizar armas químicas proibidas contra a população civil palestina.
Essa postura fascista de Israel recebe em todo o mundo o repúdio popular e é o combustível que mantém acesa a resistência palestina, que não findará até que seja conquistado seu justo direito a um território livre e soberano. Não é estranho, portanto, que a resposta palestina à violência indiscriminada de Israel seja a luta revolucionária pela conquista da liberdade
Currently have 0 comments: